Em comemoração ao centenário de nascimento de Paulo Vanzolini, a cantora paulistana Virgínia Rosa apresenta o show “Sorrisos – Virgínia Rosa Canta Paulo Vanzolini” nos dias 08, 09 e 10 de novembro, sexta a domingo, sempre às 19h, na Caixa Cultural São Paulo. O evento é gratuito.
Com direção musical do maestro e pianista Ogair Júnior, que também integra a banda ao lado de Robertinho Carvalho (contrabaixo) e Ramon Montagner (bateria e percussão), o show promete momentos especiais. Após a apresentação do dia 08, haverá um bate-papo com Virgínia, o diretor musical e o produtor/diretor Fernando Cardoso sobre a obra de Vanzolini e a criação do espetáculo.
No repertório, a cantora inclui sucessos como “Ronda”, “Volta Por Cima”, “Praça Clóvis”, “Valsa Sem Fim”, “Pedacinhos do Céu”, “Cuitelinho”, “Quando Eu For”, “Eu Vou Sem Pena”, “Condição de Vida” e “Sorrisos”.
Virgínia reflete sobre a importância das composições de Vanzolini: “Suas músicas são verdadeiras crônicas de São Paulo dos anos 50, trazendo sambas e valsas que capturam o universo noturno, com suas figuras emblemáticas como as prostitutas e mulheres desiludidas. Ele foi um observador atento, registrando essa faceta histórica de forma semelhante a Adoniran Barbosa, de quem era amigo”.”
A relação entre a cantora e o compositor se tornou próxima ao longo dos anos. Virgínia foi uma das intérpretes favoritas de Vanzolini para dar voz às suas canções. No final dos anos 80, ela gravou músicas de Vanzolini para o álbum “Inéditas de Paulo Vanzolini”, um raro disco lançado como brinde de uma empresa paulista. A partir daí, eles construíram uma parceria musical natural.
“Na época, eu era vocalista da banda Mexe Com Tudo e gravei canções como ‘Valsa Sem Fim’, ‘Sorrisos’, ‘Inveja’ e ‘Chorava No Meio da Rua’. Já conhecia algumas músicas dele, mas passei a mergulhar mais profundamente em seu universo artístico. Cheguei a participar de alguns de seus shows, e ele elogiava minha interpretação”, recorda Virgínia. “Paulo Vanzolini trouxe uma maneira única de fazer samba, com um ritmo quebrado e fora dos padrões. Essa singularidade deu à sua obra uma estética própria, que dialoga bem com os tempos atuais,” completa.
Caixa Cultural São Paulo – Praça da Sé, 111, Centro, São Paulo, SP. Ingressos: entrada gratuita, com distribuição de ingressos uma hora antes do início de cada apresentação, na recepção.