Unidos pelos laços sanguíneos e artísticos, Roma Drumond, Pedro e Antonio Tebyriçá, mãe, pai e filho, apresentam seus trabalhos em “Triangular”, exposição que abre no dia 6 de junho, a partir das 18h. Suas pinturas e esculturas ocuparão a Galeria Patricia Costa com curadoria assinada por Denise Mattar.
“Nossa família foi constituída, desde sempre, em torno do fazer artístico. Poder mostrar algo juntos, para nós, é uma prazerosa constatação desse fato. Cada um dos três possui uma linguagem extremamente pessoal, mas como bem pontuou a curadora Denise Mattar, é possível observar desdobramentos e envolvimentos que permeiam a nossa produção”, diz Roma.
“Roma Drumond é herdeira da Op-Art, movimento oriundo do concretismo, que, na década de 1960, decretou o fim da pintura de cavalete e da escultura figurativa, convidando o público a participar de novas experiências estéticas, cinéticas, interativas e sensoriais. Seu trabalho conciso e preciso se estrutura em elementos que mesclam escultura e pintura oferecendo possibilidades visuais instigantes, criando uma dança na qual visitante e obra formam um par, diz a curadora Denise.
“O trabalho de Pedro Tebyriçá remete de imediato ao grupo argentino Madi que, embora pioneiro no concretismo, sempre manteve uma certa informalidade e uma liberdade no uso da forma, no uso da cor e no uso da própria pincelada. Não por acaso ele deixa aparente, com muita sutileza, as diferenças cromáticas resultantes dos diferentes tipos de tinta… São construções complexas e por vezes dispersas, que caracterizam a liberdade interior que permeia a sua produção”, explica a curadora.
“Frequentando exposições desde pequeno, até a exaustão, Antonio não queria ser artista, mas não conseguiu escapar ao chamado. Seu trabalho que difere inteiramente daquele de seus pais, não se prende em nenhum momento a pesquisas formais, mas ao gesto, à cor e à textura. Praticante de skate, Antonio vivencia as manobras radicais do esporte como experiências pictóricas. Na velocidade e nos rápidos movimentos vê formas, luzes e cores que se deslocam, se misturam e se espalham. Seu trabalho na tela se desenvolve absorvendo essas manobras, os cortes abruptos, os acúmulos de matéria e o espraiamento de cores. Um certo humor ácido permeia sua produção, capaz de gerar uma obra enorme, composta de retalhos de imagens belas, mas distorcidas que ele intitula ‘Fake News’”, finaliza Denise.
Galeria Patricia Costa – Av. Atlântica, 4.240, lojas 224 e 225, Copacabana, Rio de Janeiro.