O ano de 2023 foi marcado pelos protestos dos trabalhados ligados ao setor do vestuário em Bagladesh, que aconteceu em outubro. Eles tomaram as ruas para se manifestar contra o aumento salarial patrocinado pelo governo de cerca de 56% em comparação com o aumento desejado de 200%. Embora as 3.500 fábricas de vestuário do país contribuam para cerca de 85% das exportações anuais do país (vendidas a empresas como a Levi’s, Zara, H&M e outras da fast fashion), as condições dos trabalhadores segue crítica.
Os protestos, que fecharam pelo menos 100 fábricas, tornaram-se violentos quando alguns atiraram tijolos nas fábricas e foram recebidos pela polícia com gás lacrimogéneo e balas de borracha. Pelo menos três trabalhadores morreram.
Kylie Jenner lança a Khy
Dona de um império de maquiagem, Kylie Jenner pegou os fãs de surpresa em outubro com a notícia de que sua primeira marca de roupas, Khy, chegaria ao mercado no dia 1º de novembro. A proposta da grife oferecer peças que reúnam “criatividade, colaboração e qualidade por um preço acessível”.
A coleção de lançamento foi feita em parceria com a Namilia, label baseada em Berlim criada em 2015. O DNA da marca está conectado às estéticas motocross e rave, sempre desafiando as noções tradicionais de masculino e feminino e celebrando uma visão genderless de peças sensuais. A proposta já conquistou celebridades como Rihanna, Cardi B e Christina Aguilera, além de brasileiras como Anitta, Pabllo Vittar e Deborah Secco.
Dança das cadeiras
Depois de quase 10 anos, Jeremy Scott anunciou sua saída da Moschino em março, sendo o inverno 2023 sua última coleção para a marca. Poucas semanas depois, Tom Ford deixou sua grife homônima, após sua venda no final de 2022 para a Estée Lauder Companies Inc. Por último, depois de décadas na Alexander McQueen, Sarah Burton completou a dança das cadeiras do ano. Ela anunciou sua saída da marca em setembro.
A expectativa pelos desfiles de verão 2024 foi enorme, com duas grandes estreias na programação da semana de moda de Milão: Sabato de Sarno na Gucci e Peter Hawkins na Tom Ford. Ambos receberam críticas mornas.
Ao longo do ano, alguns dos cargos restantes de diretor criativo foram preenchidos: Sarah Burton na Alexander McQueen, que foi para Sean McGirr, e Jeremy Scott na Moschino, que foi para Davide Renne, que faleceu tragicamente alguns dias depois do anúncio de posse.
O retorno de Phoebe Philo
O tão esperado retorno de Phoebe Philo à moda finalmente aconteceu no final de outubro com o lançamento de uma marca homônima. As ofertas abrangem ready-to-wear e acessórios.
Tapestry compra a Capri Holdings
Em agosto, a Tapestry, grupo controlador da Versace, adquiriu a Capri Holdings, de labels como a Michael Kors, por US$ 8,5 bilhões.
Pharrell na Louis Vuitton
Após a morte de Virgil Abloh em 2021, o cargo de diretor criativo de moda masculina da Louis Vuitton tornou-se um dos mais discutidos do setor. Quem preencheria a lacuna repentina e enorme? Pharrell Williams.
Os protestos da PETA
Nas manchetes da indústria da moda, os espectadores testemunharam uma série de associados da PETA invadindo as passarelas de moda. Estiveram na Coach em Nova York, na Burberry em Londres, na Gucci em Milão e na Hermès em Paris, apelando a que estas marcas eliminassem produtos de origem animal, como couro e peles exóticas, das suas coleções.
A venda da Farfetch
Em dezembro, a Farfetch foi vendida para a gigante sul-coreana de comércio eletrônico Coupang, que vai injetar US$ 500 milhões de forma emergencial para salvar a empresa luso-britânica de falência. A plataforma de moda de luxo vem sofrendo com uma desaceleração do setor, erros de fusões e aquisições e alto custo de dívidas, que colocaram em risco suas operações.