A Go Magenta, empresa especializada em insights e estratégia de marca, apresenta seu mais recente estudo, “Copo Meio Cheio”, lançando um olhar aprofundado sobre as tendências de consumo de bebidas alcoólicas no Brasil. Em campo realizado pela Offerwise, a pesquisa entrevistou mais de mil participantes, abrangendo diferentes perfis, momentos, motivações, hábitos e percepções relacionados ao consumo. O estudo destaca as nuances de como e por que os brasileiros bebem, revelando uma tendência crescente à moderação nesse consumo.
Segundo a pesquisa, o consumo de bebidas alcoólicas está profundamente enraizado em contextos sociais, como festas e churrascos, onde o álcool atua como um catalisador de diversão e como um meio de escapismo após dias estressantes. Os dados revelam que as principais motivações para o consumo estão entre: ocasiões de descontração (53%), acompanhar amigos ou familiares (51%), e após um dia difícil (42%).
No entanto, muitos brasileiros estão buscando um equilíbrio entre o consumo excessivo e a abstinência total. Cerca de 62% dos entrevistados já consideraram reduzir seu consumo de álcool no último ano, principalmente em busca de uma vida mais saudável e equilibrada.
O estudo também expõe o fenômeno do “sober shaming”, causado por pessoas que discriminam ou segregam quem opta pela sobriedade. Essa forma de pressão social se destaca como a segunda principal barreira para a moderação no consumo de bebidas alcoólicas. Além disso, 70% das pessoas que conhecem alguém com problemas relacionados ao álcool desejam reduzir a ingestão. Na contrapartida, 34% encontram dificuldade em manter uma vida social ativa sem sustentar o hábito de beber.
Sobre as principais motivações para a moderação no consumo de álcool, há uma diferença notória entre gerações. 30% dos jovens da Geração Z afirmam beber menos para ter mais autocontrole, por medo da “ressaca moral”. Isso contrasta com os Millennials, que se preocupam mais com os efeitos da ressaca física e questões de saúde relacionadas ao emagrecimento. Para os jovens de 18 a 24 anos, a diversão não precisa estar associada ao consumo de álcool, ao optar por não beber, eles evitam tomar decisões ruins ou passar vexame.
O levantamento indica que está acontecendo uma reavaliação cultural do papel do álcool, com 83% dos participantes demonstrando abertura para experimentar bebidas não alcoólicas. A pesquisa também revela um dado que pode ser um fator incentivador para a moderação, além dos benefícios na qualidade do sono e na disposição: 89% das pessoas que moderam o consumo afirmaram que a vida social continua igual ou melhor. Essas descobertas refletem uma mudança significativa nos hábitos de consumo e nas percepções sobre a bebida, impulsionadas por um desejo de vida saudável e maior autocontrole.
“Muito se fala sobre a tendência de moderar o consumo de bebidas alcoólicas, e nossa pesquisa mostrou diferentes motivadores para isso. Enquanto os millennials estão mais preocupados com os efeitos na saúde e na performance física, os mais jovens estão bebendo menos por medo de perder o controle e serem julgados. Ficar bêbado não é mais ‘cool'”, afirma Gabi Terra, fundadora da Go Magenta.