Nos dias 13, 14 e 15 de setembro de 2024, sexta-feira e sábado às 20h, domingo às 18h30, o Núcleo Ajeum (@nucleoajeum) apresenta o espetáculo de dança “Padê”, no Sesc Belenzinho, que fica na R. Padre Adelino, 1.000 – Belenzinho, São Paulo (SP). Os ingressos podem ser adquiridos no site ou nas bilheterias do Sesc SP com valores a partir de R$ 18.
Em “Padê”, Djalma Moura, criador, coreógrafo e diretor do núcleo, instiga os bailarinos na cena a externalizar desejos e pulsões de vida para criar uma dança ebó. Uma dança que venha como proposição de arrastar as mazelas físicas, emocionais e espirituais que ainda corrompem meninos e meninas negras e induzem aos seus extermínios.
Uma dança que busca revigorar o corpo e espírito tendo em vista a continuidade e manutenção da vida, seus desejos carnais, as trocas nesse mercado de Exú, recolhendo e partilhando boas notícias, para engolir e cuspir outro de si. Um inteiro em sua integridade que celebra sua existência e roça a vida em gozo, prazer e gargalhadas.
“Levando em consideração que o contrário de Exú é o cárcere, a certeza imutável, os dogmas e o medo da contradição, o apequenamento; Padê é a dança de celebração da força de ordem, da gargalhada, do conflito e contradição, do sexo e gozo, do olhar desconfiado e do sorriso largo, da encruzilhada, do sangue pulsando e dos desejos de transformação. Diante do inevitável, a vida!”, comenta Moura.
A proposta da obra coreográfica “Padê” parte da compreensão dos processos de manutenção da vida a partir de um estado de persistência e desejo. Quais são os desejos que nos mantêm vivos? Quais formas e formatos organizam nossos movimentos cotidianos na busca por vitalidade?
“A complexidade em lidar com esses disparadores que possibilitam caminhos infinitos exige que escutemos o processo de forma mais aguçada e porosa. Isso me instigou a ter um olhar mais atento junto às qualidades dos bailarinos, suas habilidades e vontades tanto individuais quanto coletivas, para conduzir os caminhos da obra, e encontrar outras formas de organização das gestualidades que surgiam”, complementa Moura.
“Padê” parte da busca por respostas criativas e dançadas sobre a desordem como mais uma possibilidade de reaver os caminhos percorridos, de parar e olhar para si, lembrando-se de quem se é.