O Masp – Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand – participa da 20ª edição da SP-Arte, até 7 de abril de 2024, na Bienal, com sua linha própria de produtos e uma seleção de objetos provenientes de várias partes do país. Com curadoria de Adélia Borges, curadora-adjunta, Masp Loja, a seleção imprime um olhar não hierarquizado ao reunir peças criadas por designers, comunidades de artesãos e povos indígenas, de diferentes materiais e técnicas.
O conjunto triado para a SP-Arte reúne desde mestres do design, como Sergio Rodrigues, Flávio de Carvalho e Paulo Mendes da Rocha – com miniaturas de cadeiras -, e Atelier Watson – com revisteiros e pequenos baús de couro -, até obras inéditas em impressão tridimensional do É Pedra Ateliê, feitas de bioplástico.
A seleção ainda inclui a recém-lançada série “Sólidos Urbanos”, da ceramista Heloisa Galvão, que carrega em sua essência as formas de pedras naturais e urbanas, em um diálogo entre leveza e peso. A cerâmica está presente também nas peças das mestras pernambucanas Cida Lima e Neguinha, e da alagoana Irineia; nos utilitários da Serra da Capivara, no Piauí; e nas reedições de Francisco Brennand, de Pernambuco. Clarice Borian propõe uma reconexão com a natureza a partir do seu trabalho de folhas secas bordadas. A diversidade cromática da madeira brasileira é valorizada nas pequenas caixas da Marchetaria do Acre e nos bancos dos designers marceneiros Fernando Mendes, Pedro Leal e Isabel Ferrari.
O Masp Loja mantém continuamente uma expressiva participação de criadores indígenas. Na SP-Arte estarão, entre outros, os colares de miçangas dos Tupiniquim, do Espírito Santo, as miniaturas de bichos do Pantanal em madeira dos Terena; e os tecidos estampados em estêncil ou pintados por mulheres de várias etnias, além de réplicas das culturas Marajoara e Tapajônica, certificadas pelo Museu Emílio Goeldi, do Pará.