O Instituto Burle Marx e o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM Rio) anunciam a exposição “Lugar de estar: o legado Burle Marx”, que abre neste sábado (27.01).
A curadoria conjunta de Beatriz Lemos, curadora-chefe do MAM Rio, Isabela Ono, diretora-executiva do Instituto Burle Marx, e Pablo Lafuente, diretor artístico do museu carioca, propõe novas leituras sobre o acervo documental do trabalho de Roberto Burle Marx (1909-1994) e de seus colaboradores, no escritório onde foram concebidos mais de 2.000 projetos paisagísticos entre os anos 1930 e 1990.
“Organizamos uma exposição que parte do trabalho do Escritório Burle Marx e nos incita a pensar questões que afetam o presente e futuro de nossas cidades e dos espaços que compartilhamos”, diz Lafuente.
O direito à cidade, o ativismo ambiental, a sociabilidade nos espaços públicos e as espécies botânicas como patrimônio são temas abarcados pelo legado Burle Marx a partir da década de 1930, que emergem do acervo salvaguardado pelo Instituto desde a sua criação, em 2019.
“São sete décadas de contribuição para a sociedade, discutindo sobre as cidades, a relação entre seres humanos e natureza, a importância dos espaços democráticos de convívio social e bem viver”, afirma Isabela.
Segundo Beatriz, a exposição propõe um olhar contemporâneo “que tem no Parque do Flamengo o mote conceitual que nos leva a outros projetos no Rio de Janeiro, no Brasil e no exterior. Nos interessa pensar como esses espaços foram ressignificados ao longo do tempo”.
Paisagista, artista multifacetado e nome incontornável do modernismo brasileiro, Burle Marx foi autor do projeto dos jardins do MAM Rio, instituição na qual acontece a terceira exposição do Instituto. Para ampliar o diálogo sobre o acervo, composto por cerca de 150 mil itens, o discurso curatorial partiu dos temas que surgem de 22 projetos do paisagista e sua equipe.
MAM Rio – Avenida Infante Dom Henrique, 85, Parque do Flamengo, Rio de Janeiro.