Até o dia 23 de fevereiro de 2025, a exposição “Artistas do Vestir: uma Costura dos Afetos” está aberta ao público. Ela se estende pelos três andares do espaço expositivo do Itaú Cultural de São Paulo para abrigar mais de 80 peças de mais de 70 artistas – 10 delas comissionadas, sendo quatro criadas exclusivamente para a mostra e seis exibidas pela primeira vez.
“Essa mostra abrange muito das temáticas que atravessam outros projetos e programações do Itaú Cultural, nas artes visuais e em outras linguagens: o processo de criação, a ancestralidade, o contemporâneo e a memória”, diz Sofia Fan, gerente de artes visuais e acervos do Itaú Cultural. “É um espaço que propõe ver a moda como instrumento de arte, de política e forma de ser e estar no mundo”, conclui ela.
“A moda é o assunto principal da exposição, mas não é só. Pensamos no tema como linguagem expandida em diversos suportes artísticos de maneira plural e diversa”, diz a curadora Hanayrá Negreiros. “Não temos pretensão de dar conta de todo o assunto, mas queremos colocar o debate de como a moda é, por um lado, esse ambiente que nos proporciona uma sensação de afetividade e, por outro, uma maneira crítica de pensar problemas estruturais que existem no Brasil”, completa.
Para outra curadora, Carol Barreto, a mostra procura visibilizar e construir essa ponte com o trabalho de pessoas que não são vistas como fazedoras de moda, mas que sustentam o saber fazer nesse campo. “O debate central da exposição é a intelectualidade manual, que alicerça o campo da moda e é espaço de exploração. São costureiras, bordadeiras, pessoas que interpretam nossos croquis para modelagem, dentre outras. Nós dependemos delas”, completa.
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