Por Karin Hellen Froehlich e Carla Schork, idealizadoras da Texplay
Por Karin Hellen Froehlich e Carla Schork, idealizadoras da Texplay
Se 2023 foi o ano de acordar para a inteligência artificial, 2024 consagra sua presença como uma força transformadora na moda. De ferramentas que auxiliam no design de coleções a soluções para campanhas publicitárias, a IA permite que estilistas e marcas explorem novos horizontes criativos com velocidade e precisão, revolucionando processos e democratizando a criatividade no setor.
Ferramentas de IA generativa já permitem desde a criação de esboços, até a peça final vestida em uma modelo de campanha, pronta para divulgação. Isso tudo em questão de minutos. Só esse ano vimos marcas como Zara e Renner incorporarem a IA em processos criativos, e outras marcas, como a Reebok, que ousou ir além, permitindo aos consumidores cocriem produtos personalizados, provando que a tecnologia está realmente revolucionando a democratização, dando voz ao público das marcas. Isso porque estamos abrangendo somente no contexto de desenvolvimento de produtos e de marketing. A inteligência artificial tem uma infinidade de usos dentro da moda e não estamos nem perto de conhecer seu potencial.
Para além das grandes empresas internacionais, a Texplay, plataforma colaborativa de educação para a indústria do vestir brasileira, idealizada por nós, tem sido um feliz laboratório de transformação para marcas e profissionais que adotaram a IA como aliada. Muitos de nossos alunos relataram mudanças significativas em suas trajetórias profissionais. “Temos estilistas freelancers, que usavam técnicas tradicionais até conhecer a IA em nosso curso, e reinventaram seu portfólio conseguindo ampliar sua visibilidade, atingindo clientes novos e mais qualificados, com um novo formato que antes parecia inalcançável”, conta Carla.
Muitos alunos da Texplay têm suas histórias marcadas por essa revolução tecnológica. “Outro exemplo excepcional é de uma aluna, estilista, que passou a ser requisitada por grandes marcas nacionais, pelo seu diferencial em construção de coleção com apoio da IA”, segue Carla. “Esses casos mostram como a IA vai além de otimizar processos: ela cria novas possibilidades para quem abraça o aprendizado.”, finaliza.
Não se trata de substituir a criatividade humana, mas, amplificar. Ferramentas generativas oferecem a designers e criadores acesso rápido a atividades operacionais, liberando tempo e energia para focar no que importa: a visão artística. “A IA não cria sozinha; ela é guiada por nós”, comenta Karin. “Muitos chegam até o Texplay com medo de que essas ferramentas tomem os seus lugares, ao que respondemos que ela depende da visão e da direção humana. Então, se for para ter medo, que seja de um humano que saiba usar IA”, destaca Karin.
Acreditamos que o impacto da IA na moda está apenas começando. Essa é uma ferramenta que abre portas para profissionais de todos os níveis, desde grandes marcas até pequenos confeccionistas, freelancers e estudantes. E, como mostram as histórias de nossos alunos, longe de ser uma ameaça, essa tecnologia é uma aliada poderosa para quem está disposto a inovar.
“Estamos apenas começando a navegar nesse oceano azul. O futuro reserva muito mais”, reflete Karin. “Com toda a capacidade de prever tendências, criar coleções, gerenciar estoques, criar campanhas e muito mais, não temos dúvidas que a IA transformará radicalmente o setor”, comenta Carla. No entanto, é preciso trilhar esse caminho com equilíbrio, unindo criatividade com responsabilidade e ética.
Enquanto 2024 encerra como um marco na consolidação da IA na moda, 2025 reserva um amanhã promissor e inspirador na fusão entre inovação tecnológica e expressão criativa humana. Mas, queremos destacar que: na moda – e na vida – é o humano que transforma o potencial em resultado.