A Casa Triângulo apresenta “Algaravia”, primeira exposição individual de Andy Villela na galeria, com textos críticos de Carollina Lauriano, Clarissa Diniz, Lucas Albuquerque, Lorraine Mendes e Victor Gorgulho. A mostra abre no dia 18 de maio e vai até 22 de junho.
O conceito por trás da exposição reside na própria síntese da palavra: um tumulto de vozes, mistura de várias palavras ou simplesmente a um idioma estrangeiro incompreensível. A ideia é que façamos um retorno ao debate da arte em que se debruce principalmente no produto artístico que existe independente dos aspectos psicobiográficos do autor – o que não significa ignorar toda construção narrativa do percurso do artista, tanto no mercado quanto em seu meio social.
Ao propor que comentem sobre o trabalho de forma autônoma, procura-se mostrar a experiência guardada dentro da obra, que nos atrai justamente na suas imperfeições e contradições, mas que na verdade se confirma como tal apenas no âmbito da linguagem.
A experiência é onde nos aproximamos enquanto humanos e é na palavra que tentamos decodificar o que não tem corpo. Como curadores e pesquisadores, o trabalho que produzem é fundamental para melhor disseminação cultural das produções artísticas e a palavra é a ferramenta primária que utilizam, todavia existe uma ambiguidade no poder da linguagem, que expande ou limita um assunto, um acontecimento ou mesmo um artista.
A arte é justamente o lugar onde não só é possível como é esperado que tenhamos múltiplas perspectivas que nos afastem de uma ideia fixa, do que já está configurado. Que tenhamos coragem de estar num estado de criação inaugural e imaginação radical formando uma algaravia de sons que ressoem o nosso tempo e espaço.
Casa Triângulo – Rua Estados Unidos 1.324, Jardins, São Paulo.