O segundo dia da semana de moda de Paris, nesta quarta-feira (25.09), começa ao som de ondas quebrando lentamente na passarela da Courrèges, mas nada de natural nesta melodia. No já clássico cenário dentro de um cubo branco, milhares de bolinhas de metal se chocam em uma dança que recria o movimento das ondas em uma praia, mas liberam um som duro e frio do encontro entre essas pequenas partículas prateadas.
Neste jogo de natural e artificial, a geometria simétrica de linhas retas se misturam às curvas sinuosas e leves, em um equilíbrio que gera desconforto. Tops-faixa protegem de uma censurada nudez feminina que se rebela e transpassa casacos e vestidos. Já calças coladas com abas remetem às saias fluidas, trazendo movimento.
Essas ilusões entre o que é e o que não deveria ser continua pela coleção predominantemente preta, quase que o desejo de Nicolas Di Felice desafiar a olhar com atenção e não deixar que IA ou filtros coloridos confundam sua clientela, a mulher Courregès é real, sexy e não tem nenhum casulo que a impeça de ser quem é!
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