Por Flávia Barbosa
Que Tom Holland é o queridinho do momento todo mundo sabe. Ele fez o homem-aranha em seis filmes da franquia Marvel, namora ninguém mais, ninguém menos que Zendaya, mas resolveu tirar um ano de folga.
O que talvez você não saiba é que esse ano sabático foi tirado porque Tom Holland ficou muito sobrecarregado depois de atuar e produzir a série “The Crowded Room” (em português, “Entre Estranhos”). Conhecido por seu grande carisma, para fazer o papel de Danny Sullivan, ele teve que se despir de todas as suas características e se entregar totalmente, deixando de lado sua zona de conforto, mostrando uma versatilidade absurda. Ele dá vida a um homem que se vê preso após um tiroteio em Nova York, em 1979.
“Definitivamente, foi uma fase complicada. Explorei emoções com as quais nunca havia lidado antes. Além disso, como produtor, tive que administrar as complicações diárias de um set de gravação, o que incrementou a pressão”, disse. “Por conta da dificuldade que enfrentei durante a produção dessa série, decidi me afastar por um ano. ”
A trama é parcialmente inspirada no livro “The Minds of Billy Milligan”, de Daniel Keyes, que conta a história real do primeiro homem a ser inocentado de um crime por ser diagnosticado com múltiplas personalidades, e quando digo parcialmente é só isso mesmo. As histórias são bem diferentes. Além de Holland, a série conta com Amanda Seyfried (indicada ao Oscar por “Mank” e vencedora do Emmy por “The Dropout”) no papel de Rya, professora e psicóloga, convidada para analisar o caso do suspeito, que não desiste de desvendar a verdadeira história por trás do incidente que leva Danny Sullivan a cadeia. Rya vai atrás de elementos do passado misterioso de Danny. Os episódios também terão reviravoltas que o levarão a uma descoberta que mudará sua vida.
Danny enfrenta um distúrbio semelhante ao de Billy Milligan. A série, criada por Akiva Goldsman, vencedor do Oscar por “Uma Mente Brilhante”, é contada através de entrevistas comandadas por Rya Goodwin (Amanda Seyfried).
Ao adentrar o universo de “The Crowded Room”, é impossível não se envolver pela trama e pelos personagens. A série é mais que uma reflexão sobre a fragilidade da mente humana, e mostra também como a sociedade lida com aqueles que são tidos como “diferentes”. É uma crítica sutil, porém incisiva, ao sistema de justiça criminal e à forma como os transtornos mentais são percebidos e tratados.
Em vez de oferecer soluções fáceis e respostas prontas, a série nos faz refletir, questionar e, acima de tudo, ter empatia. É uma obra que só melhora com o andar dos episódios, revelando novas camadas e nuances inesperados. Essa série antológica, não apenas nos mantem entretidos, mas também educa e provoca, nos desafiando a olhar para dentro de nós mesmos e a confrontar nossos próprios preconceitos e medos. Na Apple TV, meus amigos! Não percam!