Estamos há tempos com a corda no pescoço, e pelo visto nem mesmo os alertas, sirenes, catástrofes, pandemia e guerras fizeram o senso de emergência sair do papel de forma eficiente e eficaz para as principais lideranças globais.
O que se vê são grandes discursos, promessas e mais promessas, e a corda mesmo segue nos pescoços, assim como o código primordial da vestimenta de “respeito”: as gravatas seguem circundando gargantas caladas de quem tem o poder.
Na indumentária masculina heterossexual, branca, cisgenera e ocidental, o mais próximo de um decorativismo ou pincelada de personalidade é na escolha da gravata. Elas são como símbolos, bandeiras que carregam significados dos mais bestas aos mais complexos. É a forma mais sutil de se dizer algo pela vestimenta uniformizada e até mesmo clonada que são os ternos que cobrem os corpos dos que se dizem serem os seres mais inteligentes deste planeta.
Pois estamos afundando há tempos, e é de notória compreensão de quem é a culpa, e como é de notória percepção que as medidas tomadas até então se provaram e se provam ineficazes. Então a solução satírica que Miuccia Prada e Raf Simons propõem para o inverno 2024 da Prada é incluir um novo acessório, tão primordial como as gravatas são.
A dica de styling da vez é combinar seus ternos com uma linda touca de natação. Afinal, se vamos nadar, que seja ao menos com nossos intelectos tão incríveis sempre secos. Para os mais ousados, terão os óculos de natação do futuro também.
É hilário, se não fosse tão trágico. Por aqui vamos elogiar principalmente a astúcia e audácia destes dois provocadores e rebeldes, que vão seguir vendendo sua alfaiataria clássica hit dos salões mais importantes da governança mundial – e agora de mais itens de sobrevivência do homem 2024: toucas e óculos. Quem sabe, protegidos assim, ações reais de fato não serão tomadas? Compartilhamos da mesma dúvida, e vocês?
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