Criar uma coleção em 2025 não está sendo uma tarefa das mais fáceis para o mercado. Fatores como vendas, virais de internet exclusividade e fidelização da clientela muitas vezes sobrepõe ao criativo, inovador e surpreendente que já foram os pilares para as marcas ao apresentar uma nova coleção.
Mas o duo Miuccia e Raf sempre saem pela tangente nos provocando a repensar, questionar e de fato colocar o lado direito do cérebro para ferver em possibilidades para como se vestir.
As estruturas de andaimes metálicos industriais versus a tapeçaria luxuosa rebuscada do cenário torna-se pano de fundo para elevar o look operário aos holofotes na Prada. T-shirts abrem e fecham o desfile que mergulha na década de 1970 de forma muito atual, através de camadas de sobreposições de suéteres, jaquetas bombers e casacos alongados.
Calças retas e cenoura de barras mais curtas evidenciam botas de cowboys de cano curto nas mais diversas cores e texturas, sendo muitas vezes o focal point do look total.
Essa percepção de eleger hits faz da Prada sempre um divisor de águas no que se esperar do homem, desta vez como classe trabalhadora, nada de gravatas: no lugar, correntes adereçadas com seus amuletos de sorte, ancoras, trevos e coração decoram o colo, que também ganha destaque na ausência da clássica alfaiataria de camisas made in italy.
Por fim a irreverência da dupla em pincelar prints florais boho, a lá woodstock, suavizam e reforçam a liberdade do vestir-se, sem preconceitos, sem julgamentos, somente “paz & amor” e, como sempre na Prada, um grito de resistência.
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