Quem já viu os fractais multicoloridos do artista plástico, escultor e muralista Tché Ruggi, espalhados por cidades que vão de São Paulo, onde começou por volta de 2000, a Kassel, na Alemanha, vai se deparar com trabalhos que revelam um novo ponto de vista. Bem longe de abandonar as latas de tinta e as técnicas do spray, Tché promove o que ele mesmo chama de uma depuração, através das obras que compõem a exposição “Sensus” – experimentar algo por meio dos sentidos e da razão.
De forma bem simples, Tché define esse trabalho como a materialização dos seus pensamentos: “o excesso é o veneno e a precisão é o antídoto. Sou formado pelo conjunto das minhas vivências”.
São 11 pinturas tridimensionais e cinco esculturas abstratas nas quais a representação da natureza bruta, usando materiais como o aço e a madeira na sua forma crua, entre paisagens rochosas, são fundidas a visões da selva de pedra urbana, seu ambiente principal de intervenção artística, produzidas por meio de movimentos mais livres e gestos mais limpos que revelam composições próximas ao minimalismo e podem ser vistas na A7MA Galeria.
“’Sensus’ é um convite para uma jornada de exploração ao íntimo, e uma celebração da simplicidade e verdade na arte de Marcelo Dalla Ruggi, onde formas complexas se fundem em um retrato puro e natural”, declara o curador Raul Zeferino.
Rua Medeiros de Albuquerque, 250, Vila Madalena, SP. Até 27 de outubro.