Em uma festa todos se arrumam, colocam seu melhor visual, carregam no make, escolhem aquela particular essência mais forte e rica para complementar o look final com seu perfume, aquele que você escolheu com precisão para deixar sua marca.
Pois bem, poderia ser só mais uma noite de excelentes e bem acabados looks para badalar por qualquer capital cosmopolita pelo globo, mas Olivier Rousteing em sua Balmain mergulha em uma discussão sobre beleza que vai da fotografia atual coberta de filtros instagramaveis às máscaras de deusas africanas presas em paredes de museus ocidentais colonizadores.
A obviedade explícita nos looks quase que caricatos reforça este nosso apego à beleza. Vestidos feitos com a precisão couture da maison, replicando em bordados brilhantes um a um rostos, olhos, bocas e unhas abrem a coleção verão 2025 em um trompe-l’oiel fantástico.
A silhueta acinturada, de ombros pontudos e em evidência, combinadas aos comprimentos curtos ou de fendas pronunciadas reforça a imagem feminina amplamente imposta pela sociedade: de tão rígidas e impossíveis de serem alcançadas o corpo torna-se robótico, com um movimento cauteloso e duro pela passarela.
Mas lembram que falei que nem ė só da imagem que se vale? A essência nesta coleção é tudo. Bijoux e bolsas em shapes ou com os próprios frascos com os perfumes e maquiagens da label surgem como uma autocrítica: se é para vestir-se de Balmain que o cheiro, brilho e poder te acompanhe. Se o odor chegar primeiro, prepare-se que essa mulher não está de brincadeira! Bem-vinda, Balmain Beauty!
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