O Dia do Cinema Brasileiro é celebrado nesta quarta-feira (19.06), data escolhida porque teria sido o primeiro dia em que foram feitas imagens a partir da tecnologia do cinematógrafo no Brasil, em 19 de junho de 1898. Para celebrar, veja uma lista de sete diretoras com obras clássicas e contemporâneas que são imperdíveis para conhecer o cinema nacional.
Ana Flávia Cavalcanti
Nascida em Diadema, na Grande São Paulo, estudou no Teatro de Soleil, na França, entrou como atriz na Rede Globo em “Malhação”, em 2017, e esteve na novela “Amor de Mãe” (2019). Como diretora, estreou seu primeiro curta-metragem, intitulado “Rã”, em 2019, no Festival Internacional de Cinema de Berlim, seguido de “Bocaina”, em 2022, no Festival do Rio e na Mostra de São Paulo.
Juliana Vicente
Fundadora da Preta Portê Filmes, que conta histórias de relevância social desde 2009, dirigiu “Racionais: Das Ruas de São Paulo pro Mundo” (2022), disponível na Netflix. Também foi responsável por “As Minas do Rap” (2015), com artista como Negra Li e Karol Conká. Seu documentário “Diálogos com Ruth de Souza”, sobre a atriz considerada um dos grandes nomes da dramaturgia brasileira e referência para artistas negros na televisão, estreou nos cinemas este ano e já está disponível na Netflix.
Glenda Nicácio
Graduada em Cinema e Audiovisual pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, foi diretora-geral e diretora de arte do longa “Café com Canela” (2017), premiado como melhor filme pelo júri popular no Festival de Brasília (2018). É sócia-fundadora da produtora independente Rosza Filmes, fundada em 2011 com Ary Rosa. Também dirigiu a novela “Fuzuê” (2023), da Rede Globo.
Sandra Werneck
Responsável por vários sucessos do cinema brasileiro, Sandra Werneck dirigiu “Cazuza – O Tempo Não Para” (2004), “Meninas” (2006), que retrata a gravidez na adolescência em contextos de vulnerabilidade social e “Mexeu Com Uma, Mexeu Com Todas” (2017), que reúne depoimentos de vítimas de abuso sexual – todos documentários disponíveis no Prime Video. Também fez a comédia romântica “Pequeno Dicionário Amoroso” (1997), com nomes como Glória Pires, Andréa Beltrão e Tony Ramos.
Lúcia Murat
Ex-integrante da luta contra a ditadura militar – ela foi torturada pelo regime -, Lúcia Murat dirigiu diversos filmes a partir da década de 1980, incluindo obras como “Que Bom Te Ver Viva” (1989), que reúne histórias de mulheres militantes da luta armada contra a ditadura, “Quase Dois Irmãos” (2004), sobre a vida em um presídio durante a ditadura, e “A Memória Que Me Contam” (2012), que acompanha um grupo de amigos que resistiram ao regime.
Suzana Amaral
Suzana Amaral (1932-2020) foi uma das cineastas brasileiras de maior destaque, nome por trás de filmes como “A Hora da Estrela” (1985), baseado na obra de Clarice Lispector, pelo qual venceu dois prêmios no Festival de Berlim. Ela também recebeu duas indicações ao prêmio Grande Otelo, ambas na categoria de melhor roteiro adaptado, por “Uma Vida em Segredo” (2001) e “Hotel Atlântico” (2009).
Anna Muylaert
Talvez uma das obras mais conhecidas do cinema brasileiro, Anna Muylaert dirigiu “Que Horas Ela Volta?” (2015), protagonizado por Regina Casé, longa premiado no Festival de Sundance, nos Estados Unidos e no Festival de Berlim. A diretora também ganhou o troféu Grande Otelo no 15º Prêmio do Cinema Brasileiro pela direção do filme, que ganhou sete estatuetas ao todo, incluindo a de melhor longa-metragem de ficção. Outras de suas obras são “Mãe Há Só Uma” (2016), exibido no Festival de Berlim, e “Durval Discos” (2002), que foi sua estreia como diretora, inspirado nas antigas lojas de vinil no bairro de Pinheiros, em São Paulo.